quinta-feira, 29 de julho de 2010



Parei em frente ao espelho, sorri. Logo após uma lágrima foi lentamente descendo pelo meu rosto até o pescoço, deixando um caminho molhado, um caminho cheio de curvas, mas sem nenhuma outra opção, então vieram outras e mais outras. Minha expressão continuava firme, sólida, o medo em meus olhos me avisava que deveria sair dali, deveria fugir da obscuridade, daquilo que era oculto. Voltei a mim, e então sorri novamente procurando algum aviso da felicidade, nada encontrei. Voltei a minha cama e aquele pedacinho de papel maldito ainda estava ali, como eu o deixara. Respirei fundo, e o li.

"Estarei lhe esperando ás 15:00h no mesmo lugar, eu ainda te amo".

Compreende-lo era difícil, achar uma saída para tão desastroso amor que ainda sentia por ele era pior ainda. Voltei ao espelho, e perguntei-me, ele ainda faz falta? Eu sabia que sim, ele fazia falta, ele era o mais comum de todos, era o meu lado não especial e acho que era por isso que lhe tinha tanto amor, fui até a gaveta e peguei um pequeno frasco, nele talvez estaria minha salvação, deitei-me em minha cama agarrei o pequeno pedaço de papel e enguli algumas pílulas da minha salvação, chamada sonífero, esperando que acordasse depois das 16:00h da tarde, quem sabe assim o tempo se fizesse dono da minha dúvida, e eu voltaria a ser quem estava sendo; uma garota confusa que apenas buscava o segredo do oculto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PI PI PI PI DO NADA

 O tempo é com certeza o maior mistério do nosso mundo, ao mesmo tempo que ele pode passar devagar e arrastado ele pode mudar duas vidas em ...